quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pequeno Karma

O meu desejo é ver-te entre neblinas,
em pequenos movimentos entorpecidos.
Ver-te dormindo entre flores feitas de algodão...
A lua jorrando luz sobre sua face, sua pele, seu corpo...

Me perco em seu olhar angelical, caio em nebuloso sentimento.
Apenas ver-te tem sido meu pequeno e doce tormento,
sem lhe tocar, me proíbo de pensar...
Oh triste anjo,
para onde vás?
Porque me deixas na escuridão?

Estaria eu condenado a viver sem ti,
a viver sem seu amor...?
Anjo, destruiria as paredes do vale da desilusão,
quebraria o sigilo corpóreo que me aflige...
Mataria os monstros que insistem em dominar-me.
Vagaria em seus olhos ao entardecer.

Últimas Quimeras

Mesmo quando tudo parece estar perdido,
mesmo quando todas as estrelas caídas, me machuque os pés...
Sua tez lívida dará brilho ao tenebroso céu que há sobre mim.
Em doces noites, escuto o canto fúnebre dos ventos perfurando meus pesadelos,
transformando em desejo aquele último beijo.

Toque minhas mãos.
Toque minha mente,
me abrace eternamente...
Desperta-me de um sonho demente!
Dei-me o último suspiro...
Oh luz tenebrosa,
ao cair da noite, dance, dance ao desejo das últimas quimeras.

No finit



Me dê um motivo para guardar um sentimento tão nobre!

Me dê um motivo para trancaficar sonhos, emoções... Desejos... Amores...

Me dê um motivo para não ser feliz, e quem sabe contemplar um outro sorriso.

Me dê um motivo para não viver!


Mesmo que sua incompletude perturbe,

Não despeje um sentimento tão impuro em almas límpidas.

Não perca tempo alimentando um sentimento o qual não mereça.


Um tourniquet não serei.


Não vê?! As estrelas choram...

Descobriram uma duplica face nestes olhos puros...

Por quê se perdeu?

Por quê se definiu...?

A perfeição era sua infinidade.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um despertar

Lá estava ele
entre lençóis úmidos de suor
úmidos de desespero.

Lá estava ele estupefato,
entre desejos suprimidos
fumaças
e um sentimento indefinido.

Sabia ele que não poderia se deter
sabia ele que não poderia conter

Como queria esvaziar tudo aquilo
Ele...
Gostaria de encontrar a rima, a perfeição e simetria
E onde ele estava?
Conhaque na mesa, pés descalços, coração pulsaste desgovernado.
Sentimento culposo.
Uma penumbra em sua alma.

Precisou renascer.
Tomou sua felicidade comprada na farmácia mais próxima.
Tomou um banho, olhou para a janela e despertou-se,
caiu em lágrimas profundas...
Ao olhar para fora, vira que sua vida não passava de apenas mais uma vida!
E que se não desperta-se seria mais do que inútil viver em carnes pecadoras,
Acendeu um cigarro,vestiu-se e caminhou em direção a luz ardente que lhe entrara nos olhos

Cego...
Foi atropelado!

Escrito por David de Oliveira Castro