segunda-feira, 31 de outubro de 2011




Já escrito em pele branca
Rasura em cor
O sangue em espessura
Da carne que transa.

Transcende o movimento
Incandescente
Em grossas camadas de dor
Finas texturas sem amor

Do canal alimentado
Digerido,
Saciado,
Na pele
Que sente,
Toca e fere
A pequena fera
Febre demente...

A pele que penetra a pele
Sente o homem que toca,
Em língua,
A textura da carne,
O sal,
Temperatura quente
Sonho demente...

Pêlos em atritos
Que despertam desejos
Antes;
Suprimidos
Anseios...

Aqui,
no peito...
Já não há mais selo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011




Já disse que não quero o todo?
Não quero a normalidade

Proíbam. Sim,
Proíbam.

Quero sentir vontade
O desejo silenciado

Não quero ter.
Quero querer...

E se for para ter
Que seja com medo
Que seja com pecado.

Seja a dor
Aquilo que se é criado.

Se for para sofrer
Que seja por
Peito meu.
Que seja por desejo teu.

Abram as cortinas cordialmente
delicadamente.
Não abra o todo seu.

Ardem em desejo
Não legalize
Construído já está
No corpo,
mente,
espírito,
O que nem santo desfaz.

Não.
Não quero saber
Quero perceber
Aos poucos te absorver...
E se for pra ser
Que se troque
No plástico o espelho seu.

Troque-se;
Eu's.
E ore por desejos teus.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pêlos teus
Arrepiam o silêncio
De anseios seus.

Carne, a pele que toca
A doença que reporta.
Desarranja medos
Fere desejos
Pelo útero
O sonho.

Teus pesadelos...

Sacrifique a doença
Tua neurose em essência
Desperte a pele inconsciente.

Remanescências...