terça-feira, 17 de julho de 2012
A sua penitência silencia
o estado febril da alma insólita
Solidificando a atmosfera ocular
transmitida.
Revertendo a desordem
incontrolável
e estúpida que cria,
que silencia.
A sua existência
não mais acalenta
o medo.
Acalenta o imprescindível
desespero
Torna-te doente
infeliz.
Uma vez inconsequente;
Torne-se remanescente.
Silencia
a atmosfera táctil...
Que a dormência sensibiliza
os fatos!
Desabilite sua identidade
reconheça sua zona de conforto
quando todas as luzes parecerem
foscas.
Feche a porta.
Saia.
Desabilite-se.
domingo, 15 de julho de 2012
Eu sou da cultura antropofágica
Surpreendentemente ilimitada
Ambiciosamente irracionalizada.
Não sou da sua cultura fálica
Com razão
Não amada,
Sem a loucura que afaga.
Eu sou a volúpia doente
Que se queima
Inconsequentemente.
Eu sou a loucura que urra
Que surra a loucura muda
Daquilo que foges, em suma.
Na conjuntura pelo que urra;
Eu sou a cura.
Pode a obsessão do que sou
Transformar-se na salvação
Dos sonhos que afagam a comoção?
A razão santa
Pode ser que assanha
O estado febril
Da alma humana.
Sem que não mais
O acalento chegue,
Eu me despeço.
Caminho na loucura
Do excesso.
Não quero a paz
Talvez nem queira o retrocesso.
Deleito-me na insanidade
Nem mesmo o apraz
Acalenta o pensar.
Vivo na loucura, do que preciso, agora.
Das palavras mais perdidas
Das expressões mais faladas.
Do caminho menos seguido.
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