sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ela.

Raimunda Soares de Oliveira.

A purificação de seu corpo se deu com a chegada da negra luz.
O sol...
Penetrou-te a alma.

Sua casa, coberta de manta negra e arenosa
Seu lar, coberto de luz.

Duas moradas;
duas vias encantadas.

Linhas corpóreas desvaneceram-se em silêncio.

Já não há gravidade.
Não há identidade.

...

É estranho ir para o inacabado,
para o segredo sagrado.
Partir em silêncio, buscando morada,
sem bairros
sem ruas
sem casas.

As nuvens se transformaram em seu aconchego.
As estrelas, seu reino infantil.
Nossos sentimentos, seu conforto.