sexta-feira, 28 de janeiro de 2011



Não sei mais se corro,
Corpo.
Não sei mais
Do instinto,
Essência.
Ao pleno vôo...
Não sei mais do corpo


Não me diga em tendências
Do conflito
Na carne
No osso.

Não me diga no conexo
Apenas o correto.
Lute.
Torna-se ereto.

O corpo que inflama
Que te clama
Mesmo no dia
Sacrifique-se ao solar
Sacrifique-se à chama...

Sobre vida:
Apenas viva...

Descubra seu íntimo
Desperte seu desespero
No âmago.

Do passado
O enterro.

David de Oliveira C.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O limite posto
na razão
Em meus olhos
A solidão...

Específica.
Talvez ilusão...
Sólida emoção.

Desejo de seus lábios
Sedento do seu olhar
Um amor à paixão.
Sua imperfeição...

Elevo-me ao silêncio
Ausência em minha percepção
A cura.
Quem sabe a evolução...

Desejar
Sem ter
Sem apegar.

Amar
De longe,
Respeitar...
Me orgulhar
Sorrir e cantar
Pela sua felicidade
Pela sua liberdade.

No entanto
Nem tanto
Canto
Pelos outros céus
Vividos...
Pela minha liberdade imprevisível...

David de Oliveira C.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sim, hoje vai ser diferente

Poderia começar a buscar por palavras que se relacionassem
Que se encontrassem...
Mas não!
Definitivamente, não!
Hoje vai ser diferente...
E essa ebulição, transtorno, confusão,
tem em mente a leitura de um livro. Sim, um livro!
Que me fez diferente. Não sei se por sempre,
mas hoje, no agora; sim, ele me fez diferente.
Me tornou na comicidade, demente.
Brincou com meus limites, na mente...
Me fez coragem
Me fez amar sem medo
Sem pecado
Ou piedade...
Mas esperem!!
Não!
Não se desesperem, mansos moralistas.
Vocês da epígrafe acima...
Não me tornei inconsequente
Nem mesmo neurótico. Embora pense que
uma inconsequência, sem medo, pode atingir os mais elevados
prazeres da alma.
Aquilo que chamamos de "frio na barriga".
Pode-se até chamá-lo de orgasmo, mas não tenham medo.
Sintam...
Melhor: Sintão. Sim, quero o ão em ação.
Vamos, sintão!!
Experimentem sem medo o conhecer
Buscar o abrigo sombrio,
Seu habitat,
o desconhecer...
Desculpem minha histeria
e no crer no meu crer...
Toda essa absorção tem sido mediana,
mas não por negativo. É uma escolha.
Sim, decidi. Optei pelo pouco,
pelo manso
devagar...
Aquele que se sente, no prazer
Na liberdade, nas várias liberdades...
Mas esperem!
Ainda não disse sobre o livro?
Ah, o livro, sim... Ainda não terminei, mas por opção.
Quero olhá-lo, entendê-lo. Sim, seus mistérios
Seu pouco e seu muito. Suas entre-linhas, aquelas que chamamos de escuridão.
O efeito Urano, de Fernanda Young, tem sido meu fermento.
Desejo à ebulição...
Estou feliz com minha nova amizade.
Cristiana, jornalista e persona da narrativa,
tem me dado (acho que pelo que aprendeu com seu marido psicanalista)
uma liberdade desconhecida e optei por ouví-la. Hoje não trabalhei,
confesso, minha leitura não permitia...
Cristiana me permitiu amar
Não importa quem.
Cristiana tirou meu pecado
tirou minha responsabilidade.
Amo quem não deveria, confesso.
Na verdade não sei se amo, mas sei que sinto um apego.
Um gostar gostoso de gostar de alguém, mesmo que esse alguém
Seja difícil. Cristiana tirou meus moralismos e me libertou para o tudo que é nada.
Para o puro que se é impuro. Que pena.
Mas não para mim, mas para vocês que não se conhecem, que não anseiam os outros,
Os universos outros.
Um conselho: Busquem seus tetos, aqueles que te limitam... Destroem.
Exlorem seus criados limites
Vivem o devagar
O prazer
O conhecer
Vivem o amar sem se armar...

David de Oliveira C.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011



Desperte em si
Sua liberdade.
Mesmo que amarga
Mesmo que solitária.

Desperte em si
Seus desejos
Anseios
Mesmo que a dor no peito
Na morte
Do seio
Se canse do seu desespero.

Desperte em si
Sua ilimitação
Descubra em si
Seu corpo
Sua ação.

Explore suas vontades.
No seu Eu,
Desperte o seu desejo
Na verdade,
Seja seu bom selvagem.

Coma a carne.
Ferre com sua mente,
Demente
Quebre a moldura
E
Sacrifique-se...

Permita-se.

David de Oliveira C.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sim, falo de amor!
Sei que é difícil
Pelo preconceito
Pela dor.

Mas falo!
Falo de você
Do meu pecado
Do meu demônio...
Você
Doce anônimo.

Não sei se é dor
Não sei se é amor...
Sei que sinto
E o que sinto
São desejos
Estranhos anseios...
Pesadelos...

Sim,
Tenho fechado os olhos
Para sentir,
Mais perto,
Minha dor!
Minhas doces lembranças
Temível temor.

Lembranças desenhadas no baú de mistérios
Fecho meus olhos
Por sentir,
Por imaginar sua respiração,
E seus olhos ao fogo...
Por imaginar o desejo de seu corpo

Seu cansaço,
Seu inacabado...
Seu espaço.

Sim, fecho meus olhos
Para sentir minha dor,
Sentir sua ausência,
Sua dor...
Fecho por seus anseios,
Desejos...
E assim depositá-los
na porra da mente
Docemente...

E mesmo que loucamente
Apagar.
Sim, apagar...
E apenas lembrar
Na mente.
Sua luz
Sua vivência
Seu eu demente.

David de Oliveira C.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011





Sim, tem razão.

Perdi minha ilusão,

Satisfação.

O homem que te fala,
Sofreu!
Por angústias
Males da imperfeição...
Sofreu por desejar
O abraço
O sorriso
Seu jeito de amar...

Sofreu por desejar
A presença,
O corpo,
A lealdade
Por natureza,
Por fonte,
Seu jeito de Amar!

Sofreu por querer sentir
Um único olhar
Um único abraço,
sim, três minutos era o tempo...
O tempo de sentir
Com leves dedos tocar
Seu rosto, seu pescoço
Seus braços...

Sofreu
Por imaginar seus sorrisos
Por sonhar com sua sinceridade
Por acordar
e perceber sua insanidade.

David de Oliveira C.