domingo, 20 de abril de 2014

Acho que a palavra de ordem é cura.
Nos limiares da humanidade
O que se buscava era cura.

As boas línguas afirmam:
O coração sofre
O corpo pesa
A mente concebe
E o que se ganha é a morte.

No caminho tortuoso
Excepcionalmente instrutivo e rigoroso
Compreendia a criança:
Chora, e terá o amor em troca.

Porém, a poucas milhas
Nossa tese se transforma
E a duplicação perfeita se torna a aventura
das nossas tradições cartesianas.

A humanidade chora pela cura.
Com os sintomas escurecidos
A própria vida secular trata
De conceber
A cura.

E como diziam as más línguas:
O amor é a cura.

sábado, 19 de abril de 2014

A literatura precisa renascer.
Convidem bruxas, magos, parteiras.
Convidem médicos e
Quem sabe a ciência.

Preparem os lenços!
Tesoura para desprende-la
Água, para cristalizá-la
E torná-la fluída.

Convidem os desconhecidos
Orem, pois ela é fera.
Convidem benzedeiras, padres, madres.
Torne-a colheita de sua fé mórbida.

O umbilical bíblico
Aquilo que se fez o humano
Sobrenatural e desumano
Sofre pela imperfeição
E isso é adorável
Sentido.

Veja, são vestígios de um ritual
O ethos de um alto grau de violência.
Excitação, criação, morte e ressurreição.


Minha ascensão.