terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Zunem
ao pé do ouvido
os gritos do amaldiçoado

ecoados
pela dor
em assasinato

aqui, jaz, ecoados
o arrepio da alma
em pele
pêlos
aflorados

aqui, jaz, o desejo mútuo
mistificado
criado

transfigurado
emanado
à essência
o amargo do seu defunto

teu doce luto
o caminho sem frutos.
Aqui jaz, teu corpo
submundo

tuas flores expostas,
no olímpo dos mortos,
cantam dores
do passado corpo

choram amores
mortos
do reinado remoto.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O que falar das linhas
que configuram o corpo
exposto?

sem suficiência
perco-me no meu próprio esporro
sem luz
cego-me as retinas criadas
inversas

em solstício
meus pensamentos ferem minha carne.
tornam-a minha violência saciada

assim canto
do meu corpo
em luto.
o que arde no sepulcro
jaz poesia
sem cortesia

em carne,
humano
feito sobre bases
cansado
limitado.

Além-corpo
jaz Ser
em paz
ilimitado