sexta-feira, 22 de abril de 2011

O corpo que silencia
Por palavras ditas
Palavras que gritam
O que o corpo
Se delimita.

O sexo que queima
Na pele
Na carne
Nos desejos
No medo
Anseios
Na fuga.

O sexo que queima
Perturba
Silencia
E se dissipa
Em íntimo
Em ser...

Em transe;
Teu ser.
Transmutação de poder
Transfiguração do seu
Do meu
Sem domínio
Teu poder!
...

A espera de teu corpo
Amadureço...
E sinto...
Maturo meus instintos...
Fecundos e despertos.

Em dizer palavras..
O que o corpo não diz.
Em viver o que sinto
Pelo dia
Sem tempo para alvorada.

Sem medo de ser castigado
Sem medo de ser condenado.
Por você...
Por você me permito!
Sentir o que tenho que sentir...
Não
Eu não minto...

Viver o meu devenir.
Sua fuga.
Sem medo de sua luta
Do seu limitar...
De sua conjectura.

Viver o que tenho que viver.
Sentir o que tenho que viver
O que quero viver...

Me permito entrar em teu ser
Mesmo que fuga
Medo
O não me conhecer...
Digo-lhe:
Apenas sou o que bebe na fonte do ser...
Digo-lhe:
Permita-se ficar
A entrar em meu lugar...

Verás que sou apenas mais um que sente
O que a distância pode fazer...
Quando não te vejo passar.

Um comentário: