Ilude-se
Já é tempo.
A poesia não salva.
Ela se míngua
Se desgraça
E te extrai
Sem beiras
À realidade,
Que te cega
Em náuseas.
Nem mesmo suas veias frias
Nem essas vozes
Das entranhas escuras
São salvas.
Ilude-se
Alma falha.
Não vê que tento expurgar
As impurezas desta matéria
Estranha!?
Não vê que sofro
Com esta realidade
Doentia!?
Vamos, Ilude-se
Alma tola!
Alimente este câncer
Que se multiplica
Pela escrita.
Que se multiplica
Pelo silêncio
Da fala.
Pela dor
De uma alma
Miúda
E calada.
Que se multiplica
Pela escrita.
Que se multiplica
Pelo silêncio
Da fala.
Pela dor
De uma alma
Miúda
E calada.
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