sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Desintegração

Há no canto do peito
Calos
Infeccionados.
Bactérias que proliferam e atacam a fé
dos meus santos contidos.

Há em cada canto ínfimo
espinhos.
Metáforas esquecidas
Sentimentos indefinidos.

Não há santo.
Não há milagre que se possa operar.

Há em cada íntimo
Uma ausência de vitória.
Que nem mesmo a contração sugere a memória.

No meu mercado de alusões
Eu não sou santo.
Da minha existência não há milagres
Somente um sopro que ainda sopra
Sufoca a suprema sinergia anímica
Desta alma contida.
Desta alma velha que ainda chora.

- David Oliveira

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