Ainda pesa
Todos os meus cânticos reprimidos.
Nem mesmo esta doença sabe
Como profanar esse amor contido
Entupido.
Os meus versos estão doentes
Doloridos.
Salivam a cada instante.
Se ferem quando expostos na radiação neurótica do sol.
Na supressão da agressão dos amantes.
Houve,
E ainda há,
Diante das experiências,
Uma terra onde a matéria avança.
Onde a palavra torna-se transparente
E o Unheimliche vem à luz
Entre a hipotética sombra da natureza
E o inseparável e secreto mal-estar que me assemelha.
Ainda sinto-me forte
Associo por uma outra abordagem essa angústia que me abate.
Elevo para o desfecho do eu a angústia como moção sentimental
Embora complexo e confuso demais
Um afeto fundamental
Que cada vez mais se firma
Entre ambivalências, desejos e violências.
A voz,
Ainda leva
Esta atmosfera por sopros indefinidos.
E como um louco vou seguindo poético
Desviado, compulsivo, dissociado.
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