quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Procuro incessantemente um vestígio
Um objeto imaculado calcado ao canto da sala
Um feixe

Procuro no esquecido
lembranças
No estático
percurso

Procuro o aroma não notado
Aquela velha flor seca na bíblia dos nossos passados

Procuro o embaraço
o esquecido mofo
A alma dos objetos inacabados

Procuro o buraco estéril da matéria
Que anuncia a fantasia escura
Que suborna o meu canto inquietante
Antes do suborno da vida

Perco o curso
Do que procuro
e não curo esta alma
de couro bruto

2 comentários: