sexta-feira, 16 de agosto de 2013



De toda matéria bruta.
De tudo que nasce, mesmo em pedra dura

Do todo pouco que grita
Em toda atmosfera contida
Por toda alma embevecida...

Em todo ser que inspira.

Dita cruel,
Inconsequente
Doentia!

De toda neurótica enraivecida,
De toda doença mal consumida

De todo coração em febre
De toda angina ressurgida, 
Em todos os sulcos,
Peles 

De toda poética,
Traumática
De toda retórica
desconcertada.

E de todo fluxo
Nas válvulas contidas
cardíacas

Escrevo estes versos
Por esta alma.

Como quem assombra
O cerne desta extrema
Infecção
De nome,
Poesia.

Desta alma desatina,
Desiludida,
E hipocondríaca.

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